Fazia um passeio, para queimar tempo para tirar os pontos da saga da minha ausência de juizo…Já acabou …
Quando me deparo com o passeio manchado de branco, pinta aqui pinta acolá, o certo é que parecia que do ceu tinha andado a chover tinta branca.
O prédio ao meu lado não tinha andaimes, nem tão pouco parecia pintado de fresco, fiquei intrigada confesso, virei a esquina, as pintas continuavam, olhei para o prédio de alto a baixo. Estava descoberto o mistério, estavam a pintar o prédio, de branco, claro está, com um sistema de roldanas, pendurados por uns cabos.
Sabem a mim fez-me lembrar um anúncio hora “C …” , 16:30, não sei se conhecem…
Só espero que no fim limpem aquela sujeira.
sexta-feira, 16 de julho de 2010
Roldanas/Andaimes
sexta-feira, 9 de julho de 2010
Perdi o juizo
Eu passo a explicar, o dia amanheceu cinzento (até parecia que sabia o que lá vinha), tomei uma pequeno almoço reforçado e aí fui eu mais a minha companheira direitinhas ao Dr. Hugo, chego lá, a Maria sua ajudante pergunta-me, “então preparada ?” ao que respondo “preparadíssima acabei de tomar um café das bombas e tudo que quando sair daqui não sei se…” esperei que o Dr Hugo chegasse, quando chegou, mandou-me entrar e disse “preparada, olhe que eu já liguei o ar condicionado para não se notar a transpiração”. Sentei-me. Mandou abrir a bocar informou –me que ai sentir uma picada (a verdade é que senti umas seis) depois mendou-me bochechar com força, bochechei e pensei quanto mais bochechar mais rápido a anestesia faz efeito. Comecei a ver escopo, alicates todos em miniatura (não, não de pedreiro), aspiradores, e eles os dois (Dr Hugo e a Maria) a zangarem-se com a minha língua que só se metia onde não devia, o dente do siso esse é que não saía (isto de uma pessoa perder o juizo tem muito que se lhe diga), faz. rx para ver se está a sair bem. Aparentemente corre bem, faço fixe com o dedo quando oiço “trac” dizem “partiu”, afinal não tinha sido fixe, novo rx, tenho uma raíz preza no maxilar, entra o berbequim, com uma pinça pela lateral do maxilar o Dr Hugo extrai a raiz do siso e finalmente estou sem juizo… (como se alguma vez tivesse tido algum)
segunda-feira, 5 de julho de 2010
Sempre grato
Estava aguardando pacientemente que o tempo da aula de natação passasse, sentada a ler um livro. Ao meu lado dois senhores conversam sobre a sua vida, feita de doenças e curas, pois a idade já era alguma. Eu já tinha visto aquelas duas caraspor ali várias vezes. o senhor costuma levar o neto à natação, a senhora é funcionária da piscina.
Tenho que admitir que a leitura ficou um pouco de lado, a sua conversa despertou-me a curiosidade (o que como vocês sabem é sempre muita), o senhor contava que tinha ido para o Hospital Curry Cabral e que com as mudanças das estradas se tinha perdido, perdido de tal forma que parou o carro, cruzou os braços e chorou, estava numa via rápida, o senhor disse que deve ter estado assim uns dez minutos (mas como sabeis, o tempo corre devagar quando estamos mal), decorrido esse tempo um jovem bateu-lhe à janela e perguntou se precisava de ajuda. O senhor contou a sua história o jovem foi ter ao jipe com a companheira e concordaram em levar o senhor ao Hospital Curry Cabral. O jovem falou com o senhor e perguntou se era capaz de seguir o jipe, o senhor disse que sim. Quando chegaram ao hospital o jovem perguntou se estava tudo bem e seguiu o seu destino que já tinha feiito um desvio. Eu estava emocionada e senhor também… E rematou, não sei ainda hoje quem são, mas por onde andem, desejo tudo de bom a este jovens…